No Brasil, cerca de 20% das pequenas empresas costumam fechar as portas logo no primeiro ano de exercício, 50% vão à falência após cinco anos de atividade e apenas 33% chegam há dez anos ou mais, informam dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE. E conforme a entidade, uma das principais causas do fracasso das pequenas empresas é a falta de planejamento do controle financeiro empresarial.
Segundo Julia Caldas Marque Lima, Bacharel em Economia com conhecimento avançado de contabilidade e concentrações em finanças de investimento e análise de negócios, muitos empresários ao montarem um pequeno negócio têm a ideia de que o controle financeiro, inicialmente, é dispensável e que um fluxo de caixa desorganizado não fará diferença nas contas. Mas essas pequenas empresas que funcionam sem o devido planejamento financeiro, de acordo com a profissional, acabam produzindo negócios desestruturados nos quais crescem de forma desenfreada e sem controle nenhum. Também lembra que tais empresas têm estabilidade financeira frágil diante de um mercado cada vez mais agressivo, seja por falta de conhecimento do gestor ou por falta de expertise no negocio oferecido, tornando sua vida útil cada vez mais curta.
Uma grande solução tanto para quem está começando como para quem já estar no mercado, menciona Julia, é o auxilio de uma consultoria financeira empresarial. "Já contribui para a criação de planos de negócios, pesquisa de mercado, benchmarks e análises econômicas empresariais, e por experiência própria posso dizer que para a maioria dos empresários brasileiros fazer suas empresas funcionar e crescer é um desafio muito grande. Procurando ajuda de consultores financeiros irão dar o devido direcionamento não somente para as empresas como também para seus gestores, que também não tem controle nenhum sobre sua vida financeira".
Uma consultoria financeira, segundo a economista, é um serviço prestado às empresas que visa traçar metas estratégicas para expandir o negócio, solucionando problemas financeiros e estabilizando o fluxo de caixa. Além de realizar diagnóstico nas finanças empresariais, desenvolve um plano de ação e faz um balanço do impacto que cada transação representa no orçamento da organização. "O objetivo do consultor é auxiliar na saúde financeira da empresa de curto, médio e longo prazo. Estabelecendo metas e objetivos financeiros para serem alcançadas por seus gestores com intuito de dar continuidade a um sustentável crescimento de longo prazo. Sendo assim, seu trabalho da consultoria é sempre personalizado, variando de caso a caso", explana Lima que também é analista financeiro com experiência em consultoria com foco em projetos de alta visibilidade.
A profissional explica que depois de inspecionar os problemas atuais e os prováveis no futuro, o consultor faz um levantamento de dados e avaliações, nas quais elabora alternativas para que as correções sejam realizadas com objetivo de melhorar o fluxo de caixa. Tais alternativas são baseadas nos: recebíveis, contas a pagar, balanço patrimonial, gestão do débito, precificação, rentabilidade, e até mesmo na gestão de finanças pessoal do gestor - para não haver mistura de contas pessoais e contas da empresa - dentre outras soluções. De acordo com o SEBRAE, 99% das organizações formais são classificadas como micros ou pequenas empresas que empregam 57,2% da força de trabalho, e manter as empresas em equilíbrio financeiro que garanta sua sobrevivência são imprescindíveis para a economia e o desenvolvimento do país.
"A saúde financeira do pequeno negócio é algo que exige muito tempo e dedicação, não existe fórmula mágica para o crescimento imediato e alta performance. Portanto, contar com uma boa consultoria financeira pode eliminar a necessidade de perder muito tempo com dificuldades desnecessárias. Um consultor financeiro facilita muito a existência das pequenas empresas, visto que, esse profissional é um especialista disposto a orientar seus clientes no caminho correto. Contribuirá significativamente para que uma empresa consiga ser mais rentável e competitiva no mercado em que atua. Desse modo, uma organização pode crescer com uma base sólida, através de uma boa gestão financeira", finaliza a economista Julia Lima que também tem atuação em projetos de avaliação e M&A (fusões e aquisições) para empresas brasileiras.
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