O termo startup tende a lembrar uma ideia de negócios, especialmente na área de TI, lançados por jovens com baixo investimento e mão de obra. As chamadas, “Empresas de Garagem”.
Na verdade, uma definição mais semelhante seria uma organização que oferece um produto inovador que, na maior parte das vezes, vem através de tecnologia, mas que compartilham um objetivo comum: ganhar escala rapidamente.
Alguns autores consideram startups qualquer tipo de empresa com potencial de crescimento em fase inicial, como franquias, por exemplo. Mas, se for analisado apenas a etimologia do termo, temos também uma boa definição – em que “start” é começo, início e “up” algo que está pronto para ser lançado, ir para a rua – para dizer que startup não é, necessariamente, uma empresa e, sim, uma ideia realmente nova em condições de ser lançada no mercado e capaz de encontrar algum cliente interessado em aplicá-la.
O que é importante é que essa ideia seja algo que possa ser manifestado na forma de um novo produto, serviço, processo. O empreendimento pode ainda não existir e surgir a partir da transformação da ideia ou pode já existir e ter essa nova ideia acrescentada ao seu processo
Por sua vez, Steve Blank, empreendedor do Vale do Silício, define o termo como uma “organização criada para procurar modelos de negócios repetíveis e escaláveis”. Outra dúvida que envolve a definição de startup é a idade do empreendimento.
Paul Grahan, programador, escritor, investidor e co-criador da Y Combinator, incubadora que já fundou mais de 800 startups, disse à Forbes, que “uma companhia que existe há cinco anos ainda pode ser uma startup. Já uma que tenha dez anos estaria extrapolando o limite”. No Business Insider em dezembro do ano passado, no texto This is the definitive definition of a startup, Jan Koum, cofundador do Whatsapp, diz que startups não estão relacionadas a tempo de operação. “Dizem que idade não é o número em si mas como nos sentimos. Nossa empresa tem cinco anos mas estamos nos movendo e tomando decisões com rapidez, criamos produtos, então somos uma startup”.
Não há um consenso de como o termo surgiu, ele ganhou forças através da internet nos anos 90. Porém, podemos definir que o objetivo das startups, é para que sirvam para renovar as atividades empresariais. Quando você estimula o surgimento de startups você estimula o desenvolvimento e gera mais riqueza porque gera mais empresas. É útil para o desenvolvimento. De ponto de vista prático, a startup tende a servir pouco para as pessoas em geral, se saindo melhor para identificar empresas com potencial de crescimento, para as quais vem sendo criadas metodologias de gestão específicas, como a startup enxuta (ou lean startup), para as quais existem organizações de apoio, como incubadoras, aceleradoras, investidores anjos e fundos de investimento, que buscam apoiá-las e apostar em seu crescimento”.
As startups têm um leque diversificado em seus clientes, que podem tanto ser pessoas físicas como empresas ou, até mesmo, os dois juntos, e o serviço pode ser direcionado a um nicho de mercado específico, como por exemplo a Easy Taxi, voltada a pessoas que utilizam táxis, taxistas e empresas que arcam com custo do transporte por táxi de seus funcionários. Grandes empresas, no Brasil, começam a buscar startups.
Com o aumento da influência de startups, nos deparamos também, com efeitos colaterais e mudanças culturais, organizacionais e sociais. Como startups têm alta capacidade de crescimento e propõem soluções inovadoras, sua adoção costuma gerar mudanças no mercado em que estão inseridas e até alterar costumes e hábitos culturais em alguns segmentos, por exemplo, como o Google mudou a forma como buscamos informação, o Facebook mudou a forma com que nos relacionamos ou a Easy Taxi mudou o jeito como pedimos táxi.
Como toda inovação, as startups geram mudanças e, com elas, algumas resistências. As cooperativas de táxi, por exemplo, saíram perdendo com o crescimento da Easy Taxi. A tradicional enciclopédia Barsa praticamente foi extinta depois da era onde tudo está a um ‘Google’ de distância”. A evolução não se restringe apenas aos seres vivos.
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