Jack Welch, ex CEO da GE fez fama e fortuna pelo assombroso e consistente aumento de valor que proporcionou aos acionistas da sua Empresa. Um dos fundamentos de sua estratégia foi a melhoria constante de processos através dos seis sigma. Jack foi um verdadeiro obcecado pelo aprimoramento constante forçando as melhorias a níveis infinitesimais.
Mas por quê um homem de negócios deste porte deu tanta atenção aos processos? A resposta nem sempre é muito intuitiva: porque a ligação entre a estratégia bem formulada e a implementação com sucesso depende de um trabalho de base, na maioria das vezes desprezada pelos executivos, que é a estruturação dos fluxos, métricas e sistemáticas (nem sempre sistemas automatizados, apenas metodologias).
Poucos “sujam as mãos” lidando com os processos, porque consideram algo que deve ser delegado a escalões mais baixos da hierarquia. E assim, dão-se por satisfeitos quanto à formulação estratégica, ficando a “mão na graxa” para outros de menor nível.
Suje suas mãos
Ram Charam, um professor da Harvard Business School e da Kellogg School of Northwestern University e Larry Bossidy (ex Honeywell International, um campeão que tendo saído da GE em 1991, em nada menos do que oito anos triplicou as margens operacionais, aumentou o retorno sobre o investimento de 10 para 28% e multiplicou por nove o retorno aos acionistas) em seu livro “Execution” (“Fazendo Acontecer” na Edição Brasileira), mencionam que a maior causa do fracasso dos CEO’s é o seu não envolvimento com processos de pessoas e operações.
Tive o prazer e a honra de participar, “ao vivo”, de um seminário nos EUA com os dois numa das experiências mais enriquecedoras de minha vida profissional.
No marketing de relacionamento contam-se inúmeros casos de estratégias bem concebidas que fracassaram na execução pela não atenção ao detalhes e aos processos. Bons pilotos sabem regular seus carros, coloque a “mão na graxa” para vencer a corrida!
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